Olá a todos.
Hoje vou abordar o período compreendido entre 1982 e 1984, mais uma vez a bordo da equipe Brabham, onde beneficiou da inteligência do Sul-Africano Gordon Murray para escrever algumas das páginas mais bonitas desta categoria.
Ainda durante a temporada de 1982, a Brabham decidiu fazer a evolução natural do BT50 que não estava a corresponder ao desejado, tanto a nível de resultados como fiabilidade do propulsor BMW, nesta altura a marca Germânica trabalhava em grande cumplicidade com a Brabham e depois de terem feito algumas alterações no motor Gordon Murray decidiu também fazer um novo modelo que explorasse ao máximo o efeito de solo, iria ser o carro de sonho para Piquet.
Mas entretanto algo se passaria na Fórmula 1 que iria alterar para sempre a história deste modelo, durante o ano de 1982 aconteceram vários acidentes graves, um deles foi mortal pois Gilles Villeneuve morre em Zolder a 8 de Maio desse ano e mais tarde outros pilotos têm também pancadas bastante graves.
As culpas são quase de imediato atribuídas à falta de segurança que o efeito de solo provocava assim que os carros perdiam um pouco desse mesmo efeito pois ficavam praticamente incontroláveis e numa atitude que hoje se pode chamar de precipitada a FISA/FIA, decide então banir para sempre os carros com este artificio aerodinâmico.
Este Brabham BT51, totalmente preparado para o efeito de solo nunca viu assim a luz do dia em competição, andou só em testes em Paul Ricard durante o mês de Novembro de 1982, neste dia foram também testados pela primeira vez na Fórmula 1 os pneus Avon, depois disso o carro foi arrumado num armazém, depois foi destruído e nunca mais se ouviu falar do mesmo.
Gordon Murray ficou de tal forma transtornado que decidiu ele também deitar fora todos os desenhos deste projecto...
1983
Com a proibição do efeito solo a partir da temporada de 1983, Gordon Murray viu-se obrigado a criar um novo modelo para substituir o BT51.
Segundo a s novas regras surge então o Brabham BT52, de fundo plano e com o já habitual motor BMW Turbo, este modelo tornou-se bastante diferente dos anteriores visto não precisar de laterais tão grande para ajudarem a produzir o efeito de solo, assim este modelo ficou bastante conhecido por ter os radiadores colocados muito atrás e as laterais muito recuadas e que faziam um ângulo bastante pronunciado com o corpo principal do carro fazendo lembrar um seta ou flecha quando se olhava de cima para o modelo.
Outra caracteristica deste modelo era o reduzido tamanho do seu depósito de combustível pois Murray decide introduzir o reabastecimento na Fórmula 1, desta forma o carro poderia correr com muito menos combustível e utilizar pneus com compostos mais suaves e que não se degradariam tanto como quando o carro corria mais pesado.
A meio da temporada surge, durante o Grande Prémio de Inglaterra surge a nova versão deste modelo, o Brabham BT52B que incorporava algumas melhorias no desenho original, estas modificações não eram perceptíveis a olho nú estando todas no interior do carro, a única coisa que fazia este modelo se diferenciar da versão "A" era o esquema de cores que estava completamente invertido em relação ao seu antecessor, pois agora onde antigamente era branco surgia agora azul e vice-versa.
Com estes dois modelos Nelson Piquet sagra-se Campeão Mundial e torna-se no primeiro piloto a vencer um campeonato ao volante de um carro com motor turbo, começava assim a chamada "A era turbo"
Para a temporada de 1984 o genial Gordon Murray desenha o Brabham BT53 que incorporava muitas melhorias em relação ao BT52, mas essas melhorias não vão ser suficientes para Piquetpole-positions durante o ano raramente consegue terminar uma corrida devido principalmente aos muitos problemas mecânicos que afectavam o modelo.
revalidar o titulo que tinha conquistado no ano anterior apesar de ter conquistado 9
Um desses problemas era o aquecimento excessivo do óleo do motor e para tentar contornar esse problema é então decidido montar um radiador de óleo mesmo no bico frontal do veículo, através dessa novidade o carro torna-se mais fiável e consegue mesmo vencer o Grande Prémio do Canadá tendo sido das poucas vezes nessa época que o vencedor de uma prova não foi um piloto da McLaren.
Assim termina mais uma série de desenhos desta série, em breve e à medida que o Ararê for desenhando mais modelos vou publicá-los aqui para assim dar continuidade ao belo trabalho que este amigo vem desenvolvendo ao longo destes últimos tempos, não deixem também de visitar o seu Blogue , apreciem todo o seu trabalho e deixem um comentário porque como já disse aqui mais que uma vez "o homem merece"
Um grande abraço a todos.
Pedro Costa
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