Olá a todos.
Hoje vou apresentar a segunda parte deste artigo que se destina em toda a sua essência a mostrar aos jovens modelistas, aqueles que estão a dar os primeiros passos na montagem de modelos á escala e também a todos aqueles que já têm uma experiência considerável quais os utensílios indispensáveis para podermos transformar uma caixa de um kit num modelo construído e bem montado, que seja motivo de orgulho e que nos encha ao mesmo tempo de satisfação por vermos o nosso trabalho reconhecido.
Para quem não acompanhou a primeira parte deste artigo deixo aqui o link para poderem aceder ao mesmo e lerem aquilo que escrevi e onde coloquei as primeiras ferramentas que qualquer modelista deve possuir na sua bancada de trabalho, para tal basta clicarem aqui.
Vamos então ao que interessa:
Brocas:
Brocas de precisão. |
Conjunto de brocas e porta-brocas. |
Depois de comprarmos as nossas brocas precisamos de algo onde as possamos colocar para fazermos os nossos furos, um berbequim é demasiado grande e não nos permite a precisão necessária, podemos sempre comprar uma "Dremel" mas devido ao seu preço elevado muitas vezes fica completamente fora de questão, a única solução é a compra de um porta-brocas, esta pequena ferramenta nada mais é do que um berbequim manual onde colocamos as brocas numa das extremidades a isso destinadas e efectuamos os nossos furos através da rotação manual do mesmo, é muito simples de utilizar, barato e os resultados finais só dependem da habilidade de cada um, tal como nos outros aparelhos...
Pinças:
Pinça |
É para evitarmos todos esses casos e receios que devemos comprar também uma ou duas pinças, esta ferramenta serve na perfeição para aqueles trabalhos que exigem precisão e também um controlo muito apurado das nossas mãos, podem servir para várias funções, desde colocar as peças a colar nas suas devidas posições, na colocação de decalques e demais acessórios de detalhamento como sejam as cablagens ou até as peças fotogravadas, etc.
Jogo de pinças. |
Deixo aqui um pequeno conselho: prefiram sempre as pinças fabricadas em aço inox, são mais resistentes à corrosão e não perdem a sua força de mola com tanta facilidade como outras, comecem por comprar uma pinça básica, de formato completamente direito e depois, se sentirem necessidade de mais optem então por uma de pontas curvas, ambas servem na perfeição para todos os trabalhos que serão por nós executados no futuro.
Colas:
Cola Revell com aplicador de agulha. |
É aqui que entram os vários tipos de cola para modelismo, ao contrário daquilo que se pensa, as colas para modelismo não podem ser de um tipo qualquer, são bastante especificas e serem para vários propósitos e tipos de aplicação consoante o tipo de colagem que queiramos efectuar.
Cola liquida Tamiya. |
Por outro lado, outros fabricantes como a Tamiya optam por frascos em vidro e também por um pequeno pincel localizado na tampa para fazermos a aplicação da cola, ambos os tipos são bastante válidos e funcionam da mesma forma: estas colas "atacam" o plástico derretendo-o e fazem quase uma soldadura na zona de colagem, depois de seco é praticamente impossível separar as peças pelas faces de colagem originais sem partirmos alguma coisa ou danificarmos de forma irremediável o nosso modelo, por outro lado estas colas se utilizadas em grandes quantidades vão derreter de tal forma os plásticos que as peças ficarão deformadas e inutilizadas ara sempre, por isso já sabem, usem sempre o mínimo de cola possível, não abusem ou podem arruinar uma bela montagem.
Super Cola ou Cianocrilato |
Esta cola é bastante forte e seca muito rapidamente por isso é conveniente fazermos um estudo prévio das peças a colar, das zonas onde iremos aplicar a cola e também das quantidades a utilizar, deve ser utilizada com muita moderação e cuidado pois a mesma têm a horrível tendência de ficar colada a tudo, desde dedos a qualquer outro objecto que encontre no caminho, a melhor forma de fazer a aplicação desta cola é deitar um pouco da mesma numa superfície plana como por exemplo um CD inutilizado e fazer a sua aplicação nas peças por intermédio de um alfinete ou com um palito de madeira, desta forma evitamos o contacto da nossa pele com a mesma e não corremos tantos riscos de ficarmos com as peças coladas nas mãos ou nos dedos o que acarretaria uma deslocação ao hospital para remover a cola com segurança, por deixo desde já o aviso, muito, mas mesmo muito cuidado com o cianocrilato.
Cola branca para madeira |
Para a colagem destes componentes que simulam vidro não podemos de forma nenhuma utilizar os dois tipos de cola acima descritos sob pena de danificarmos estas peças bastante sensíveis, a cola dita "normal" para modelismo poderia derreter as peças, deformando-as o que levaria a ficarmos com os vidros dos nossos modelos bastante empenados e irreais, por outro lado a "Super Cola" tem a horrível tendência de formar uma espécie de "fumo" que se cola nas peças, sujando-as de tal forma que depois é quase impossível remover este efeito.
Nesses casos a melhor escolha é a utilização da vulgar cola branca para madeira, esta cola, vendida em qualquer loja de bricolage é sem dúvida a mais indicada quando procuramos colar as transparências dos nossos modelos, as suas principais vantagens residem no facto de serem constuituidas basicamente por água e não deixarem marcas nas peças depois de secarem pois ficam completamente transparentes e invisíveis, são também muito baratas e se por acaso a cola começar a secar dentro do recipiente basta juntar um pouco de água para a mesma voltar a "reviver", simples e barato.
Como contra tem unicamente a sua pouca força de colagem não devendo por isso ser utilizada em colagens que exijam um pouco de força e resistência.
Por hoje é tudo, em breve voltarei com a terceira parte deste tutorial sobre as ferramentas necessárias ao modelismo, espero que estejam a gostar daquilo que foi escrito até agora, para mim é um prazer escrever para todos, ensinar aquilo que sei e aprendi ao longo dos anos pois no meu caso também houve alguém que me explicou tudo, que fez de mim um modelista de corpo e alma.
Terceira e última parte do artigo aqui.
Um grande abraço.
Pedro Costa
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